Ler é ver o Mundo em outros mundos. Viver vidas, saborear gestos e gostos, sentir perfumes...
Olhar para descobrir, compreender, interiorizar, integrar, partilhar...
E Literar? Brincar... com linhas, cores, palavras, imagens, sons, para escutar, transformar e... criar!?
Literatura - Literacia - Leituras , em jeito desprendido sem tempo nem pressa!
BIBCOM - projecto, mérito, bibliotecas, colaboração, amigos...

É com este pano de fundo, colorido e nublado, que percorro o caminho da blogosfera. Um desafio!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Florbela Espanca - Jardim público de Évora


Busto de Florbela Espanca, da autoria do escultor Diogo de Macedo, no Jardim Público de Évora.


Poetas

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas do ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!

Florbela Espanca, Versos, Pedaços de sorriso, arteplural Edições, 2004

(Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, Alentejo, em 1894. Estudou em Évora. Morreu em 1930.)

1 comentário:

  1. FUI A ÉVORA, FIQUEI
    QUIETINHO, DENTRO DE CASA.
    FLORBELA, NEM TE ENXERGUEI.
    TROQUEI-TE POR UMA BRASA.

    UMA BRASA METAFÓRICA
    E DA QUAL NINGUÉM ME ARRANCA.
    QUENTINHA, MINHA ALMA, EUFÓRICA,
    NEM SE LEMBROU DA ESPANCA.

    O CALOR FAMILIAR
    AQUECEU-ME CORPO E ALMA.
    Ó FLORBELA, SE CALHAR,
    SERÁ P'RÁ PRÓXIMA. CALMA!

    NÃO PERDES PELA DEMORA.
    QUANDO O TEU JARDIM FLORIR,
    VOU ANDAR LÁ UMA HORA,
    NÃO A CHORAR, MAS A RIR.

    Saudades para a tua cidade.
    Beijinhos para ti, cara mana.
    Obrigadíssimo pelo acolhimento e pelo lauto banquete.

    ResponderEliminar